segunda-feira, 16 de fevereiro de 2009

OLHA QUE COISA MAIS LINDA...


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Dia 16 é sempre muito especial pra mim. Um dia de grandes acontecimentos em minha vida, um dia de muita felicidade. Hoje amanheci especialmente emocionado: refletindo sobre minha vida, vendo como meus 23 anos que se aproximam vêm de forma surpreendentemente distinta de todos os outros e completamente influenciado por uma maravilha de espetáculo que tive a oportunidade de assistir ontem à noite no Teatro João Caetano, graças à colega Paula Catunda. Tom e Vinicius: o musical. O nome da peça já diz tudo não é?
Costumo dizer que umas das minhas grandes tristezas é não ter sido, pelo menos, adolescente quando Vinicius e Tom partiram e consequentemente não ter curtido os bons tempos da Bossa Nova. Ontem, aliás, essa era uma das dificuldades que tive... Vi Tom Jobim já com idade mais avançada e Thelmo Fernandes, ator que interpreta Vinicius, era MUITO parecido com a imagem que guardo de Tom Jobim, que na peça é vivido por Marcelo Serrado.
Um elenco muito bem ensaiado, um coral afinadíssimo, uma mise-en-céne dinâmica e emocionante. Chorei em três momentos, confesso! "Eu sei que vou te amar" sempre faz isso comigo; o momento saudosista e a frase clássica: "Quando o cara lá de cima te chamar, promete que não vai antes que eu?" Dita por Tom à Vinicius; e o mix de canções que encerram a peça com clássicos como "Carta ao Tom 74" e "Ela é Carioca". Um primor!
Mês que vem o espetáculo reestréia no Teatro Carlos Gomes, também aqui no Rio de Janeiro.
Que venham as águas de março trazendo de volta esse belo trabalho que merece muito ser visto.
[CORTA]

sexta-feira, 13 de fevereiro de 2009

RIO CONGELADO

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Em pleno verão carioca e enquanto quase todos os holofotes cinematográficos apontam para O curioso caso de Benjamin Button, fui assistir ao filme norte americano Rio Congelado, que conta a história do encontro entre Ray Eddy (Melissa Leo), abandonada recentemente pelo marido, e Lila Littlewolf (Misty Upham) uma descendente de índios que vive numa reserva nos Estados Unidos.
Após um primeiro encontro conflituoso, elas se unem e passam a transportar imigrantes ilegais do Canadá para os Estados Unidos na águas do congelado Rio St. Lawrence. Ray vive constatemente o dilema de estar numa situação limítrofe e sonhando com sua casa nova, prometida há tempos a seu filho mais novo e Lila numa luta diária pela sobrevivência, tendo que enfrentar a rigorosidade da tradição do seu povo. O filme é lindo e despretencioso. Mostra a relação entre duas mulheres culturalmente distintas e que, acima de tudo, é de profunda humanidade. Pra vocês terem uma idéia é impossível não torcer por elas, mesmo quando estão encarnadas na figura do anti-herói que pratica uma atividade Ilegal. Duas indicações ao oscar: melhor roteiro e melhor atriz para Melissa Leo. Vale a pena!
[CORTA]

TEMPERO BAIANO

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No ano passado, meus amigos puderam acompanhar meu delicioso dilema da redação da monografia para o tão sonhado diploma de cineasta. Pois é... me aventurei pelas águas do eterno Jorge Amado falando das adaptações de Dona Flor e seus dois maridos para o cinema, a televisão e o teatro, sob a avaliação cuidadosa de Gabriela Lírio Gurgel, uma especialista no assunto.
O filme e a minissérie já havia assistido e, então, entrei em contato com Ana Paula Bouzas, uma ótima atriz com quem já tive a oportunidade de trabalhar num programa de TV, que me indicou os contatos de Letícia Torgo, assessora de impressa do espetáculo. Falei sobre o meu projeto e fui assistir ao espetáculo estrelado por Marcelo Faria, Carol Castro e Duda Mendonça. Fui com medo, confesso! Pela primeira vez assistiria no teatro uma obra-prima que já havia sido muito bem adaptada para cada veículo correspondente. Sai feliz com o resultado. Uma narrativa com o ritmo gostoso e os atores no ponto certo. Cheirava Jorge Amado na platéia e era possível sentir o gostinho do Vatapá de Flor a cada nova cena. Por falar em Vatapá, Dorival Caymmi também foi uma constante no texto. Acho que Amado ficaria feliz em ver esse trabalho.
Agora que o espetáculo está de volta ao Rio de Janeiro, não só recomendo muito a todos os cariocas que gostam do escritor baiano, como estou quase indo ver de novo, agora para só me divertir, sem o peso da observação atenta dos detalhes.
[CORTA]

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Num dia nada convencional para iniciar projetos (sexta-feira 13, além de um clássico do cinema é um dia temido por muitos superticiosos), resolvi criar esse blog. Me chamo Vinicius Dias, sou formado em cinema, trabalho como produtor de TV, faço locução, escrevo algumas coisas e nesse emaranhado de paixões e funções, conheci outras tantas pessoas que, assim como eu, também são apaixonados, pela sétima arte, pela TV, pelo teatro, pela música e por ai vai...
Você é dessa tribo? Seja bem-vindo!
[CORTA]