sexta-feira, 13 de agosto de 2010

[..."FELIZ" ANIVERSÁRIO...]

[GRAVANDO]
Ai que medo! Nem sei se deveria escrever um texto, assim... "hoje". Na verdade tenho alguns motivos pra fazer isso. O primeiro deles é que o "hoje" é a minha única garantia. Cada respiro, cada milésimo de segundo de vida é uma dádiva, um presente que me é dado. Quase nunca lembro de pensar sobre isso, agradecer então? Mas no fundo é sempre assim... as coisas mais simples, as que estão mais a nosso alcance, são as que mais costumamos deixar pra depois, então, como escrever aqui é uma delas... mãos à obra! Onde é que eu tava mesmo...? Ah! nos motivos pra escrever hoje. O segundo motivo é porque hoje é sexta-feira 13... e nem pensem que estou escrevendo pra falar do filme, dos mitos sobre o dia de "hoje" ou do temido mês de agosto. Hoje faz um ano desde o primeiro post desse blog. Na verdade, ele não tem uma data fixa de aniversário, mas nasceu exatamente numa sexta-feira 13 (em fevereiro de 2009) e desde então... espera ansioso por uma nova data. Ao longo do caminho, esse blog já se transformou em tanta coisa... Na verdade mesmo, acho que ele foi se "destransformando" e, pra fazer jus ao dia do niver, nada mais "Sexta-Feira 13" que isso, não é? Hoje ele é só um desabafo... e certamente só é visitado por quem gosta de desabafar também, de colocar pra fora, de se descobrir errante em cada nova esquina da vida. Humm... nem vou cantar parabéns pra você. Será que os convidados virão? Por enquanto, fico por aqui mesmo, apago a luz e espero a próxima surpresa dessa imprevisível estrada da vida. Se tiver condições de encarar os próximos aniversários, convidados e desconvidados que cruzarem o caminho, prometo que volto aqui e acendo uma luz em forma de post pra os que estiverem na estrada.
Estão todos convidados pra essa nova fase!
[CORTA]

quarta-feira, 4 de agosto de 2010

É PAU, É PEDRA... É O FIM DO CAMINHO?

[GRAVANDO]
Sakineh... 
Um dia já se chamou Joana, provavelmente já teve nome em russo, hebraico, português, egípcio, persa, mandarim. Tradução simbólica? Reencarnação? Que nada! A palavra aqui é INTOLERÂNCIA. Arrisco dizer que esse é um dos nossos principais temas (da humanidade). Quando estudei História, ficava super impressionado com episódios "exóticos" que me chegavam de culturas mais distantes. Por lá, fazíamos um trabalho de entender o contexto, a cultura e de analisar os fatos sem se perder pelos caminhos "preconceituosos" de um olhar pós-moderno-ocidental. Na época, quanto mais próximo o "evento", mais difícil de se alcançar isso... essa tentativa de isenção. Fato constatado! A possibilidade de uma mulher iraniana ser morta por apedrejamento, por ter cometido adultério, vem provar essa teoria. Fiquei sim impressionado com a notícia. Abri mão de todas as "balelas" teóricas que giram em torno de si mesmas e que (em muitos casos) alimentam cupins em biblioteca, e pensei no que realmente importa: a tolerância com a diferença, com o nosso semelhante. Nesse caso, nós (ocidentais) nem temos muitos motivos pra achar o "causo" exótico. Os apedrejamentos por aqui são constantes: estão na violência urbana, nas mulheres agredidas pelos maridos, nas crianças vítimas de maus tratos, nos "paus", "pedras", "armas de fogo" e "matagais" que - para muitas pessoas - infelizmente representaram o "fim do caminho terreno". De minha inevitável matrix, enxergo uma possibilidade: o exercício de olhar pra dentro e, em cada situação, se colocar no lugar do outro. Imaginar como se sentiria se estivesse passando por determinada situação em outra posição no tabuleiro de xadrez. Difícil tarefa... seria preciso desconstruir tanta coisa que o resultado seria o medo. Não do "outro", não da "diferença", não do "exótico". Medo do EU, medo do espelho, medo do temerável "vilão" que teimamos esconder de nós mesmos...
[CORTA]