terça-feira, 10 de janeiro de 2012

COMO SE FOR A BRINCADEIRA DE RODA...

[GRAVANDO]
Se dissesse que nunca vivi tantas emoções seguidas... estaria mentindo! Também não vou cometer o exagero de dizer que todos os meus dias são emocionantes... mas já que a vida é essa tal experiência da qual ninguém vai sair vivo, o melhor é vivê-la intensamente, verdadeiramente, no suor dos corpos, na canção da vida... assim como na música de Elis.
No último fim de semana fui assistir ao espetáculo VAREKAI do Cirque de Soleil. Entre cores, formas e ruídos lembrei da tal experiência da vida muito bem representada no picadeiro. Não através da coragem ou do ego que predomina nos palcos, mas pela junção fascinante entre movimento e equilíbrio. Percorremos grande parte da vida buscando essas duas coisas... impossível? Talvez! O crescimento requer transformações tão duras, que as vezes é preciso rever as bases, as próprias estruturas... e como é difícil ficar na corda bamba! Acho que é por isso que os números do Cirque de Soleil fazem tanto sucesso. No geral... não estamos assim tão acostumados a ver o casamento perfeito entre o movimento acertado e o equilíbrio necessário... meta! ... pelo menos minha...
...mas ainda não acabou. Um dia depois, fui assistir ao novo show do Chico Buarque... me senti parte de uma espécie rara que respira pela pele. Isso mesmo: respiração cutânea, arrepio, êxtase! Tava tudo junto... uma explosão de alma que parecia ter encontrado uma metade, uma ilusão, uma lembrança, algum lugar de reconhecimento... sei lá!
O fato é que todos esses eventos fortaleceram essa busca por alguma coisa sutil, que abre os canais com o divino, com o metafísico, com o espelho. Quem sabe o caminho seja a tentativa de um belo número de equilíbrio em movimento embalado por uma linda canção... ainda que na corda bamba. Quem sabe...?
[CORTA]