sexta-feira, 22 de outubro de 2010

THE ORIGIN OF LOVE

[GRAVANDO]
"I put some make up. Turn on the tape deck..."
Já vi muitas histórias de amor. Vivi poucas, mas intensas, pelo menos pra mim! Cada uma delas representava, no momento em que aconteceram, o tal centímetro enfurecido tão famoso quanto a lendária Hedwig, que traduzia em Rock and Roll um dos sentimentos mais humanos que existem. É humano porque é errante e é exatamente por ser errante que é tão precioso: nos dá a chance única de conhecer o que é não ter limites, não ter controle, não ter pudor, não conhecer nem a si mesmo. No fundo no fundo, ele nos dá a chance de conhecer o que há de mais brega em cada um de nós. Falamos inverdades, choramos ao som de Ana Carolina, morremos para o mundo e a música sertaneja passa a fazer todo sentido... Quando tempo passa, a gente olha pra trás e compreende a inocência do que foi vivido, o melodrama do que foi chorado e o porquê de alguns fins de capítulo da vida. O que nunca foi possível saber é se o amor é eterno. Pessoalmente acho que sim e fico com Rita Lee, que canta: "nada tem fim, as coisas só se transformam". A paixão se apaga, diminui de intensidade e é justamente aí que entra a dedicação e a vontade de fazer a primeira grande transformação que é encarar o que há de mais apaixonante no outro, longe dos contos de fada, dos ideais de perfeição: encarar o outro ser humano com seus pacotes de ônus e bônus. Difícil né? Isso não foi descoberta minha. Foi uma tal Hedwig quem me contou esse fim de semana aqui no Rio... Ela ainda tá por aqui. Vai lá!
[CORTA]

Um comentário:

Domênica Mantel disse...

Filme da vida comentado por irmão de alma. Não é a "origem do amor". É a comprovação dele.:) Beijo, lindo!