terça-feira, 7 de agosto de 2012

O DIA EM QUE O GIGANTE DEU LUGAR À CORAGEM


[GRAVANDO]
Não... não era dia de medalha, nem de pódio, nem de glórias...! Também não era dia de festa, nem de bons presságios... Era dia de ter coragem... Era dia de enfrentar o gigante, o fantasma, o invencível, o velho conhecido! Estamos em pleno jogos olímpicos de Londres e, hoje, no torneio feminino de vôlei aconteceu um jogo que dispensa qualquer introdução: Brasil x Rússia. Há oito anos (Em Atenas), a seleção brasileira viu seu sonho de disputar uma final olímpica ser adiado pela seleção russa, um time um pouco diferente do que entrou em quadra hoje, mas com algumas peças chaves que ainda se mantêm no grupo. Naquela ocasião, tínhamos tudo para vencer o jogo e a competição, mas antes era preciso vencer tantos gigantes internos, que àquela seleção russa que não havia feito uma campanha lá das melhores, acabou surpreendendo (até a si própria, imagino). Uma tragédia grega, com o perdão do trocadilho!
Londres 2012... saio de casa na expectativa de um jogo no qual o Brasil tinha poucas chances. Vencer as gigantes era uma missão muito difícil. Elas vinham de cinco jogos, cinco vitórias... e a seleção brasileira graças a uma campanha muito irregular quase sequer chega à fase final. Ainda assim, segui firme na torcida, contendo a emoção à flor da pele, assistindo uma seleção aguerrida, corajosa, inédita até então. As russas tinham certeza da vitória, mas... por 3 sets a 2, o gigante foi ao chão, a garra venceu a prepotência, o pequeno se fez grande nessa tarde e, mesmo que a medalha de ouro não venha dessa vez, está registrado o troco... não de uma vingança clichê daquele 24x19 de Atenas... mas da importância de repensar as próprias utopias... de derrubar os gigantes internos e de aprender a reaprender as lições... mesmo que em algum momento nós a tenhamos ensinado a alguém! Rússia... o Brasil aprendeu! Nosso muito obrigado!
[CORTA]

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